quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Não cotidiano.

Dois jovens acordaram com um desejo estranho um dia:
Queriam tomar sorvete.
Mas que estranho desejo para se mudar o cotidiano da cidade...
Seria como lamber as ruelas frias e cinzas da grande metrópole.

Não há sorveteria, não há sorvete.
É como se a caça e o caçador desentendessem
como funciona seus respectivos papéis.

Aonde se esconderia vertiginoso desejo?
Por baixo do asfalto ou por trás das infindas mercadorias?
Teria escorrido bueiro abaixo,
para os profundos do cemitério de concreto?

Acha-se de tudo no enorme empório...
Vontades criadas, anseios divulgados,
ambições incabíveis e pretensões idealizadas.

Mas naquele dia foi impossível achar um simples sorvete.

Um comentário:

Carol Monique disse...

Simplicidade.

As vezes imagino o que realmente se passa em seu mundo ideal no exato momento em que deixa seus legados pelos blogs da vida. Como surge tanta inspiração para expressar o que ninguém quer dizer?



Monique, verão de 2008