quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Parir Caeiro

Estou parindo Caiero
Só parto.
A dor não é parte do parto
parto é parto dor é dor.

Dadá

Restaura
Papel-higiênico
- Dadá
.

Insônia

À noite
a ansie
dade vem
como de
pára-
q
u
e
das

(À noite
num êx
tase
de gozo)

A hélice
de um
heliinseto
repousa.

O dia acorda amanhã cedo
O dia acorda quando a noite dorme no horizonte

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Míope a lua

A lua era como o poema da cabeça
A lua não era poesia apenas era lua
A lua não era sem ser o brilho amarelo das estrelas
A lua era a estrela mais brilhante

Apaguem as luzes dessa cidade
que a lua engole

- a lua era lua-de-despedida -

Um Titã esboçado à boca do céu
Será Selene procurando por Endimião?
(ocultas as suas cinquenta crias sob a sua fase mais potente...)

Preso à beleza do contorno e do contraste
perco o bonito do desfoque
causa tuas lentes minha cegueira
do mundo que é belo e nem sei

Me descreve? como prum cego místico
e velho das coisas como é o toque natural
entre a face da lua e a noite
que se misturam em um outro tom
este o qual nós dos olhos sãos
vivemos sem ver

Lua meu pagã.

Nunca tinha tanto ao eu selvagem

Ao som dos atabaques
No a
fro

t
mo
Bra
sil

Que era mais
era uma bandeira
a bandeira éramos nós

Falava já d'antes até conforme, pois que sim, todavia

nunca tinha pertencido ao que dizia
e dizia assim, quase querendo acreditar

Mas a lua de Ogum que é também São Jorge e o nome de meu santo e minha tristeza pagã
que antes me possuía sem eu sabê-la
A lua que é água prata congelada em torno do céu
sei-la como natural e humano
Com a razão e vóz que sou sendo, o grito animal que clama novamente a terra e vida e o bicho a que infinitamente pertenço