segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Lua meu pagã.

Nunca tinha tanto ao eu selvagem

Ao som dos atabaques
No a
fro

t
mo
Bra
sil

Que era mais
era uma bandeira
a bandeira éramos nós

Falava já d'antes até conforme, pois que sim, todavia

nunca tinha pertencido ao que dizia
e dizia assim, quase querendo acreditar

Mas a lua de Ogum que é também São Jorge e o nome de meu santo e minha tristeza pagã
que antes me possuía sem eu sabê-la
A lua que é água prata congelada em torno do céu
sei-la como natural e humano
Com a razão e vóz que sou sendo, o grito animal que clama novamente a terra e vida e o bicho a que infinitamente pertenço

2 comentários:

Mayra Donini disse...

Poesia pau-brasil!! Amei

Le Paixão disse...

Olha as pedras
Multicolores,
Bárbara luz!

Ah! Uma borboleta!

De onde vem,
Nas pedras,
A asa leve
Confundida?

Esquecê-la
E vê-la
Nas pedras só
Pedras e luz.