segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Míope a lua

A lua era como o poema da cabeça
A lua não era poesia apenas era lua
A lua não era sem ser o brilho amarelo das estrelas
A lua era a estrela mais brilhante

Apaguem as luzes dessa cidade
que a lua engole

- a lua era lua-de-despedida -

Um Titã esboçado à boca do céu
Será Selene procurando por Endimião?
(ocultas as suas cinquenta crias sob a sua fase mais potente...)

Preso à beleza do contorno e do contraste
perco o bonito do desfoque
causa tuas lentes minha cegueira
do mundo que é belo e nem sei

Me descreve? como prum cego místico
e velho das coisas como é o toque natural
entre a face da lua e a noite
que se misturam em um outro tom
este o qual nós dos olhos sãos
vivemos sem ver

Um comentário:

Mayra Donini disse...

Tão poderoso quanto a imagem, tão sublime quanto ver pelo desfoque. Esse me deixa sem saber o que dizer. Belíssimo!!