terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Tiros de tatos cegos

dois tiros na noite uma metralhadora de escuro dois tiros cegos varam a noite tateando por um abrigo e mais um mirando às estrelas transeuntes

tato cego sobre um desejo em braile indecifrável
o fim do sempre atingido por um pouco do nada
como carinho de escultor ao parir seu filho
música de papel sobre as mãos grossas da chuva

estrelas cegas tateando abrigo de uma mira cega no escuro transeunte varando tiros de uma metralhadora de noites

tato indecifrável de um desejo cego em braile
o nada do sempre atingido pelo fim do pouco
como o filho do escultor ao parir carinho
mãos de música sobre a chuva grossa de papel

tiro de estrelas tateando cegos com metralhadoras no escuro varando a noite na mira de um abrigo de dois tiros transeuntes

braile sobre um tato de indecifrável desejo
o pouco do sempre atingido pelo nada do fim
como filho do carinho ao parir o escultor
chuva de grossos sobre papel de música

dois tiros matam o tato com metralhadoras cegas que miram ao abrigo da noite transeunte as estrelas do escuro

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