quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Chuva e tango.

Saltos no telhado
Saltos, slatos, sltaos, sltoas, sltosa,
Saltos como num balé onírico na fluidez da madrugada
Numa erudição do movimento
Saltos, saltos, saltos,
Conformes consigo, com uma conguência eucléica de noite.

Um remorso de um salto
Ainda um salto, como um toc no telhado,
Como uma maçaneta da água estática no céu
Moderno, exaltação do corpo movimento
Uma expressão de arte em ser, de ser em,
Arte inspiração de uma expressividade tônica
Sonhando com um ronco de Ciello
No compasso rítmico que é a pulsação do sangue
Do corpo-sólido-imagem,
Nos saltos do balé do telhado.

Dança louca e barulhenta, como murmúrios,
Rumores de um tango coreografado em beijo no escuro
Profunda pele que é como um toque
Em um Piazzola dançante, o tango menino,
Preto e branco, como um xadrez, lúdicos cavalos!
Na esfolação do tango, na evolução do tango, Tango!
Arranha como uma sonoridade de cio
Um ócio ocioso nos saltos do tango do telhado, erótico,
Como uma sugestão às luzes do teatro
Rejeição da mente no brotamento do palco
Só o golpe egoísta dos saltos, do balé dançado
pelas gotas de chuva que caem da madrugada.

Um comentário:

Mayra Donini disse...

adorei o barulho dos saltos:
"Saltos, slatos, sltaos, sltoas, sltosa"!!