Nada mais,
do que um poeta mergulhado em si
- num seu profundo ócio criativo -
contempla tanto além
de rosas findadas ao seu objetivo final, de murchar.
Muito mais,
do que uma textura matiz e suave
que absvorve para si toda luz em cor
e atravessa com infinito poder
uma íris distraída.
Sem mais,
existem palavras. E o que antes era cor, luz,
ou imaginação, ou pura ternura,
ocupa demais um coração,
e por isso tem necessidade de transbordar.
E jamais aquela rosa,
dotada da pura e única magia da existência,
será vista como apenas uma rosa.
Mas como uma colorida e intensa
e necessária tecedora de manhãs e poemas.
quinta-feira, 16 de outubro de 2008
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