terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

O que sobra

o que sobra

des
cons
t

i

o verbo

poesia
verso caro
a preço de lágrimas
de tinta
vermelha
como o do quadro
do sorriso triste

não conheço a culpa
que sinto
culpa
que choro
uma tinta entalada
na dor da garganta
como um soluço
seco
de culpa
seca

desculpa-me se a prosa
não me cai bem
mas o verso
me escolhe
como seu amante
sou seu meio de vida
poeta triste poeta
como é necessário
às vezes todas
as vezes é necessário
que seja

Um comentário:

Mayra Donini disse...

A poesia te escolhe, a prosa só ainda não te conhece. Maravilhoso!