terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Do telhado

o tempo passa tão rápido
que nem parece que entrei
e o tempo não passou que passou que passou...

o meu telhado tem forma de mão
pra quem está vendo as nuvens
ela fecha e acolhe abrigo pro passar do tempo

que a noite é outro dia
pr'um inseto de luz
e eu que estamos acordados
na penumbra chamada fumaça da cidade

as nuvens andam lá em cima
narram histórias d'outra terra
e se disfarçam em cor

a cidade quieta
que fazem dela
um imenso colchão

converso
com o verso
com verso

Um comentário:

Mayra Donini disse...

Belíssimo!!Quero com versar contigo!