quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Antigos sonhos de um antigo caderno III

À o João.

neste
digo-não-digo
condizente
peço, redigo, digo: tento
arrelento, retento
ao relento desdizente da tarde vazia
em que preenche o sentido
cada vez mais aprofundado
desse teu abismo

beijo de morcego
piada sem tesão
poema reluz
porta de avião, sem brilho
em vão
tente se encontrar
nesse poema elucidário
escrito em binário, relicário
imenso estuário de palavras
de um aquele João

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