segunda-feira, 2 de junho de 2008

Desse canto.

Busca...

Eterna correria atrás de um pouco de paz!

Enquanto brincam de dividir o mundo
sob fronteiras, sob leis específicas a tudo o que cabe,
eu tenho que produzir...
Mas sou produzido.

Tal como um produto da máquina de moldar gente.

Apenas quando consigo, por tempo
- que nos falta -
ou por vontade
- quando se sente livre para isso -
me reproduzo no meu ínfimo caderno de papel reciclado.
(porque ecologia está na moda).

Me sinto no extremo.
No canto extremo do mundo,
isolado pela cartografia e largado por aí,
destinado a mim e a gente como eu,
que somos tão diferentes de outros humanos.
- mudamos o nosso ideal de normalidade...

Talvez eu seja humano demais.
Talvez eu seja um tanto desumano.
Talvez eu viva num mundo de loucos
- cada um diferente do outro.

Frenéticos de cabeça baixa,
quando passam por você, alienados
nem percebem.
Pois é tudo sempre passagem.
É tudo passageiro.
- somos todos...

Parte de um processo inacabável
Onde todos - inabaláveis - realizam sua função.

Função. Palavra mais funcional...
- e no fundo não funciona nada.

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