segunda-feira, 2 de junho de 2008

Esqueço-me do sentido.

Entre sentidos e sentidas,
mas muito sentido mesmo,
equilibro-me na corda bamba.

A roupa centrifuga-se na máquina;
Máquinas que lavam os homens,
Homens que nascem nus,
Nascem nus e vivem engarrafados.

Meninos e Meninas,
Brincam de amarelinha,
E pulam corda nas ruas.

Ah, mas eu me pergunto...
Será que se lembrarão disso no futuro?
- eles nem pensam sobre o futuro.
Será que serão sempre donos das mãos divertidas que batem a corda?

Assim eu fico:
A olhar e olhar o album de fotografias,
fotos de uma eterna nostalgia...
Uma velha partida de futebol;
Uma poltrona velha em que se afunda nas vagas sombras da memória;
Um avô, um herói, um colo. Um sorriso...
Sempre um sorriso.

Olho sentado o eterno sentido
nunca antes tão bem sentido
desse poema sem sentido.

Perdido em saudade, deitado sobre lembranças, escondido por entre tristezas...

Mas que pra mim faz todo o sentido.

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