quinta-feira, 18 de junho de 2009

É possível?

De um índice completo de todos esses momentos, o encontro foge, ruidoso, abre em um choro epitelial de variadas camadas de chuva de granizo. No auge dos tempos nos rendemos ao impulso externo-material, pois nem que os pássaros cantem mais. O espaço diminui, e o tempo aumenta sua expressão-víbora devoradora da calma, em várias vezes milhares de divisões ínfimas e confidentes entre si dos pormenores da humanidade, tal qual escrevo nos exatos minutos e milésimos de segundos e milhonésimos deste no decorrer das 17 horas da tarde bem marcada, impossível de se perder em um infinito tão bem estruturado. Tão bem estruturado vivo o homem-só, perdido de Cândido e sua inocência-ignorante bem visada amiga da felicidade no cruel negrume do asfalto que encobre camadas de vidas subterrâneas, subalternas, subentendidas, sublevadas, subinformadas, subvividas... amarradas por ainda uma questão de destino mal rasgada, herdada do tempo dos pecados capitais. Neste meio incompreendido pelos deuses já destituídos por nós, o deus-da-vez Deus-mercado aguarda outra calamidade para abalar sua ordem reinante.
Em meio à isso, um casal invisível tenta sobreviver pelos apenas prazeres de um Corpúsculo de Meissner excitado.

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